quarta-feira, novembro 29, 2006

2º ESTUDO DO EVANGELHO DE MARCOS

O Evangelho de Marcos – cap.14. 27-31 NVI)

(14.27) Disse Jesus: “Vocês todos me abandonarão. Pois está escrito: ‘Ferirei o pastor, e as ovelhas serão dispersas’. (28) Mas, depois de ressuscitar, irei adiante de vocês para a Galiléia”. (29) Pedro declarou: “Ainda que todos te abandonem, eu não te abandonarei!” (30) Respondeu Jesus: “Asseguro-lhe, que ainda hoje, esta noite, antes que duas vezes cante o galo, três vezes me negarás“. (31) Mas Pedro insistia ainda mais: “Mesmo que seja preciso que eu morra contigo, nunca te negarei”. E todos os outros disseram o mesmo.

O anúncio de Jesus, de que um entre seus seguidores seria o instrumento através do qual Ele acabaria nas mãos de seus inimigos, deveria ter causado muita discussão e contradições entre seus discípulos. Jesus não tinha ilusões quanto ao que as próximas horas trariam. No seu íntimo, tinha chegado à conclusão que no momento crucial todos seus seguidores O abandonariam. Lembrou de uma palavra do profeta Zacarias: (14.27) Disse Jesus: “Vocês todos me abandonarão. Pois está escrito: ‘Ferirei o pastor, e as ovelhas serão dispersas’ (Zac.13.7).
Você consegue imaginar a dor sentida pelo “Bom Pastor” ao prever a dispersão dos “seus” em conseqüência de sua morte iminente? O que O consolava foi a firme esperança da intervenção de Deus Pai. A morte física não invalidaria o propósito Divino que Ele, Jesus, anunciara. Não, Ele novamente apareceria aos seus, na mesma Galiléia onde, pela primeira vez, tinha chamado os Doze para o discipulado. (28) “Mas, depois de ressuscitar, irei adiante de vocês para a Galiléia”. Pedro, sempre precipitado, não estava interessado no que Jesus acabou de dizer. O que o interessava era o “agora”. A previsão da debandada geral havia ferido gravemente seu orgulho. Será que Jesus não sabia que ele, Pedro, era homem em que o mestre podia confiar? Os demais talvez fugissem quando a situação esquentasse, mas ele não! (29) Pedro declarou: “Ainda que todos te abandonem, eu não te abandonarei!” Algo tão incrível como abandonar seu Senhor, Pedro não era capaz de imaginar. Sinceramente, convencido de si mesmo, julgou impossível o que pouco tempo depois faria de maneira tão vergonhosa.
Não pense que você seja melhor que Pedro! O problema de Pedro era que não conhecia a si mesmo suficientemente; exatamente o problema seu, meu e de todos nós que procuramos saber quem somos até no divã do psicanalista, nos dias atuais. Como irei reagir em situações que não conheço, se nem a mim mesmo conheço o suficiente? É dessa problemática que o salmista fala quando clama no salmo 139.23,24: “ Sonda-me, o Deus, e conhece o meu coração...”. O grande Davi, após ter sido surpreendido pelo seu próprio pecado, confessou que somente “Na tua luz vemos a luz” (Salmo 36.9). Você já chegou a esta conclusão? Somente Um me conhece o suficiente e faço bem em convidá-lO a dirigir meus passos. “Vê se em minha conduta algo te ofende, e dirige-me pelo caminho eterno” (Salmo 139.24).
(30) Respondeu Jesus: “Asseguro-lhe, que ainda hoje, esta noite, antes que duas vezes cante o galo, três vezes me negará“. Não somente um possível abandono da parte de Pedro em qualquer dia futuro é que Jesus viu diante de si. Numa declaração chocante, Jesus marcou a iminência do previsto: “antes que duas vezes cante o galo” – na terceira das quatro vigílias da noite, entre meia-noite e três da manhã iria acontecer o incrível. Jesus tinha que seguir seu caminho sozinho. O evangelista João nos relata uma conversa em que Pedro havia-se oferecido para seguir Jesus até a morte (João 1337,38). Aparentemente não era capaz de entender o teor do que Jesus lhe disse e insistiu em professar sua lealdade: (31) Mas Pedro insistia ainda mais: “Mesmo que seja preciso que eu morra contigo, nunca te negarei”. E todos os outros disseram o mesmo. No termo “todos” não reside segurança: “todos” podem estar errados em suas concepções. Hoje sabemos que, apesar de sua intenção de manterem-se unidos ao seu Senhor, todos o abandonaram e fugiram quando O viram ser preso e levado embora.
Eles haviam-se unido ao seu Senhor sendo convencidos de que, através dEle o prometido Reino de Deus tornaria forma, aconteceria nessa terra e eles estariam com Ele neste Reino. Um fim tão trágico da empreita, como estava a anunciar-se, estava além do que eram capazes de entender. Preferiram apostar em alguma dificuldade passageira que, unidos, venceriam. De alguma forma, seu Senhor iria se livrar e triunfar sobre seus inimigos.

Talvez possamos tirar duas pequenas lições para nossa vida. A primeira: para os discípulos não havia como entender a situação de outra maneira senão a conclusão a que chegaram. Estavam dispostos a continuarem com seu Senhor. No entanto, O abandonaram. De maneira similar, nós tampouco somos capazes de cumprir promessas a Jesus. Podemos, sim, pedir que Ele nos guarde e guie. O poder de nos mantermo fiéis ao Senhor não está conosco; está com Ele. Não caia na tentação de prometer a Deus o que não está em suas mãos!

O segundo ensino do episódio consiste em perceber que Jesus, na situação em que se encontrava, consciente do perigo que corria, não armou um plano para enfrentar o inevitável. Pela segunda vez deveria ter ouvido o inimigo sussurrar no seu ouvido o que lhe havia proposto no deserto, logo após ter sido batizado por João. “Tudo isso te darei, se você me adorar” (Mateus 4.9). Ainda dava tempo para armar uma solução e entender-se com o clero. No entanto, mais uma vez Jesus decidiu confiar no Seu Pai e esperar Seu livramento da parte dEle.

Quantas vezes não estamos em situações onde temos que decidir se optamos por livramento pelas próprias mãos ou, então, se esperamos ser justificados por Deus. Essa segunda alternativa se chama fé. Ela funciona enquanto estamos nos caminhos de Deus. Não funcionará se você espera que Deus o livre das conseqüências da malandragem.

O seu caminho, que está trilhando, permite a você esperar o livramento da parte de Deus?
QUE DEUS OS ABENÇOE!

terça-feira, novembro 28, 2006

1º ESTUDO DO EVANGELHO DE MARCOS

O Evangelho de Marcos – cap.14. 23-26 NVI)

(14.23) Em seguida tomou o cálice, deu graças, ofereceu-o aos discípulos, e todos beberam. (24) E lhes disse: “Isto é o meu sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos. (25) Eu lhes afirmo que não beberei outra vez do fruto da videira, até aquele dia em que beberei o vinho novo no Reino de Deus”. (26) Depois de terem cantado um hino, saíram para o monte das Oliveiras.

A ceia festiva da véspera da páscoa durava três horas ou mais. Não cabia pressa. Havia oportunidade para conversa, meditação, canto e oração, enquanto se comia. O evangelista Marcos, no seu relato, ignorou a parte mais extensa, o próprio jantar e menciona apenas aquilo que lhe pareceu importante para as igrejas novas: as palavras eucarísticas.

No decorrer da história houve transformações importantes na maneira de se comemorar a eucaristia. Vejamos: A própria ceia de Jesus obedeceu à tradição judaica. Ao gesto da bênção do pão seguiam as palavras que hoje chamamos “eucarísticas” sobre o pão partido. Seguia então o demorado jantar, que terminava com o gesto do vinho, novamente com a bênção proferida, conforme a tradição, onde Jesus acrescentou as “palavras eucarísticas” sobre o vinho. O encontro terminava com o canto do tradicional “Hallel”, isto é, parte dos salmos 114 a 118.
A comunhão ao comer em conjunto, ainda hoje, é essencial no oriente. Assim, também, as primeiras comunidades cristãs dos anos 30 até 40 tiveram seu “jantar ágape” entre a bênção eucarística do pão no início e o gesto do vinho com as palavras eucarísticas a respeito, ao encerrar a ceia. (veja desenho ao final).
Pela carta de Paulo aos Coríntios (cap. 11.17-34) vemos, que essa prática logo causou problemas nas comunidades, pois havia aproveitadores que vieram somente para “encher a barriga”. Quando, ao fim do jantar em comunhão, ainda vinham os escravos, cujo trabalho os obrigava a permanecer no serviço até tarde, não havia mais comida nem bebida disponível. Paulo censurou duramente essa prática e recomendou uma alteração, que tornou-se prática nas igrejas paulinas até aprox. 60 d.C. O jantar “ágape” antecedeu à celebração da “eucaristia”. Esta seria celebrada somente após a alimentação de todos. Assim, todos que participavam do partir do pão, já estavam fartos.

Na segunda parte do primeiro século, com o crescimento das comunidades onde não era mais possível dar esta atenção aos participantes, houve outra mudança. O jantar “ágape” ficou para depois da distribuição do pão e do vinho”, não tendo mais ligação direta com a celebração. Observamos essa prática nos evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas). O próprio Marcos, cujo relato estamos estudando, não se detem mais no jantar, quando relata a “última ceia”; ele só menciona o “partir do pão” e o gesto do vinho. O mártir Justino († 165 d.C.) já não sabia mais nada do jantar “ágape” e limitou a eucaristia à “distribuição das Santas Dádivas” somente. O “jantar ágape” havia desaparecido.

Assim, tanto a missa como o culto evangélico hoje não conhecem mais o “jantar ágape”. O seu lugar foi tomado pelo “Serviço da Palavra”, do “Sermão”. Após este, tanto na missa como no culto evangélico, é celebrado o “partir do pão” ou a eucaristia.

Esse breve relato tem valor informativo somente. Ele não altera o profundo significado da “ceia” que celebramos ainda hoje. O que mudou, pertence à cultura e tradições ligadas a ela. O crescimento das comunidades logo tornou impraticável a celebração íntima com a festa “ágape” como centro. Infelizmente perdeu-se assim o aspecto comunitário e nivelador nas igrejas, onde ficava patente e visível que todos eram iguais perante Deus. Não há melhor demonstração da condição indispensável, na qual celebramos o “partir do pão” ou, seja, a eucaristia: não há nem rico nem pobre, não há escravo nem livre, nem importante nem insignificante, nem estudado nem ignorante. Na “ceia” somos todos pertencentes à mesma categoria, todos igualmente participantes da Graça Salvadora de Jesus.

(14.23) Em seguida tomou o cálice, deu graças, ofereceu-o aos discípulos, e todos beberam. O jantar presumivelmente durou várias horas, com suas longas e intensas conversas, influenciadas pelas previsões sombrias proferidas por Jesus. No decorrer do jantar, por três vezes os participantes bebiam cada um de seu cálice. Ao iniciar a ceia, Jesus havia pronunciado a bênção do dia. Após iniciar o jantar, após a tradicional formula litúrgica de seu tempo: “Há lachma anja...” (Este é o pão da aflição que nossos pais comeram no Egito. Quem tiver fome, venha e coma a páscoa...) conforme Deut. 16.3, tomou-se do cálice pela segunda vez. No fim da ceia, pela terceira vez o cálice era levantado e o anfitrião, no nosso caso Jesus, pronunciou as tradicionais palavras sobre o “cálice da bênção”. Para surpresa de todos, Jesus acrescentou a este gesto algo incomum e novo: Ele passou o seu cálice para todos, a fim de que todos dele bebessem. (24) E lhes disse: “Isto é o meu sangue da (nova) aliança, que é derramado em favor de muitos.

Os profetas Ezequiel (cap.16) e Jeremias (cap. 31) anunciaram que algum dia haveria algo Novo: “Eis que dias vêem, diz o Senhor, em que farei um concerto novo com a casa de Israel e com a casa de Judá, não conforme o concerto que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar do Egito...” (Jer.31.31ss). No pior ponto da história do povo judeu, no fim do séc. 6 a.C., os profetas vislumbravam o fim temporal e qualitativo da aliança de Deus através de Moisés, quando os tirou do Egito. Na comemoração da (antiga) aliança (ou concerto) através de Moisés é que os judeus até então celebravam a páscoa.

Agora, nesse cenáculo, estava-se realizando aquilo que os profetas anunciavam e pelo qual se esperava durante longos 500 anos: no cálice que Jesus passou para os seus, a chegada da nova realidade era anunciada. A palavra “nova aliança” fala do cumprimento, conclusão, superação de todas as alianças até hoje determinadas por Deus. “Nova aliança” nada menos significa do que “realização final”.

Podemos perguntar: como o cálice passado aos de Jesus confirma participação nessa nova realidade, nessa “nova aliança” declarada por Deus? Resposta: Em todo lugar onde Jesus convida à comunhão com Ele, acontece Graça, Perdão e Reconciliação com Deus. Essa é a “Boa Nova” do Evangelho.

O sangue é usado no judaísmo e nos escritos do Antigo Testamento como sinônimo de morte violenta. “No meu sangue” quer dizer “graças a...” (lit. força). “Meu sangue da nova aliança” significa então “Nova aliança, ratificada graças a minha morte violenta”. Essa morte abre ao homem a possibilidade de comunhão livre com Deus. O sangue de Jesus, figuradamente, é a razão da Nova ordem escatológica de Salvação (lit. “do bem”).

Não há dúvida de que Jesus desde a Galiléia sabia que, o que lhe esperava, era uma morte violenta. Os profetas já a anunciaram (Daniel 9.26 / Isaías cap. 53 como um todo e principalmente verso 8). Se Sua missão era verdadeira, confirmada por Deus e não um mero engano, o propósito eterno de Deus se concretizaria apesar dessa morte, ou melhor, através de Sua morte. Essa também seria a interpretação que o apóstolo e teólogo Paulo nas suas epístolas daria mais tarde.

O Evangelista Mateus acrescentou ao gesto de Jesus, em passar o cálice para todos, o imperativo: “Bebam todos dele” (Mat. 26.27b). Na comunhão da “ceia” anunciamos a Nova Ordem e sua plenitude na consumação dos tempos. Hoje já estamos fazendo parte da realidade apocalíptica.

Pouco mais tarde, nas comunidades não-judaicas, gregas, o apóstolo Paulo e com ele Lucas, acrescentam as palavras “façam isso em memória de mim” para melhor compreensão dos cristãos sem conhecimento da tradição judaica (Lucas 22.19).

No “cálice da bênção” a ênfase está na “Nova aliança” graças ao “sangue” (como sinônimo de morte violenta) e não no “sangue” em si. O cálice anuncia a Nova Aliança de Deus, graças ao sangue derramado de Jesus. Ele anuncia uma Nova ordem, onde a obra de Deus é fundamental e não mais a obediência aos mandamentos, sempre falhos. A Nova ordem estabelece o perdão dado, a reconciliação feita. Qualquer um que chegar à presença de Deus, tomando posse daquilo que Jesus lhe concedeu, será aceito e será salvo.

A Igreja, no decorrer dos séculos, tem infelizmente recorrido à superstição na distribuição dos assim chamados “elementos da ceia” ou da missa. Tem incorporado o conceito pagão de “carne” e “sangue”, algo totalmente estranho ao pensamento judeu e bíblico. Decorrendo dessa aculturação dos conceitos bíblicos nasceram as mais cruéis brigas, heresias e superstições quanto à “carne” e “sangue” distribuídos na eucaristia.

(25) Eu lhes afirmo que não beberei outra vez do fruto da videira, até aquele dia em que beberei o vinho novo no Reino de Deus”. “Amém”, disse Jesus (o que é traduzido com “eu lhes afirmo”) “esta será a última vez que cearei com vocês”. O termo “fruto da videira” não deve ser tomado literalmente. Ele compreende a ceia como um todo. Usar este termo para querer provar que Jesus tomou suco e não vinho, como alguns querem, beira ao ridículo e denuncia ignorância.

“Não mais” ou “não outra vez” como na tradução na NVI, é no grego (literalmente “me”) a forma mais determinada de negar uma ação futura. Com a ceia que acabaria de celebrar, depois daquelas palavras, Jesus encerrou uma prática; era a última ceia conforme o rito antigo. Se Ele, de um lado, tinha plena convicção daquilo que Ele enfrentaria da parte do clero (portanto não mais cearia mais com os seus aqui), Ele expressou profunda certeza quanto ao Reino de Deus e sua concretização através da morte dEle. Aquilo que nessa “última ceia” tinha seu término, encontrará sua plenitude e concretização nas “bodas do cordeiro”, como João, o visionário, definiu (Apoc 19.7) e cearemos novamente com Ele (Apoc. 3. 20). O “partir do pão” assim se transforma em uma gloriosa visão daquilo que está reservado aos que a Ele pertencem.

(26) Depois de terem cantado um hino, saíram para o monte das Oliveiras. A comemoração festiva teve seu fim com o canto do tradicional salmo. Como Marcos escreveu para “não-judeus” que não conheciam os salmos, ele colocou “um hino” no lugar de “salmo”. Cansado e pensativo, o grupo com os onze e seu Mestre saiu para o escuro da noite.

QUE DEUS OS ABENÇOE!


segunda-feira, novembro 27, 2006

ASSISTENCIALISMO,NÃO!


Para que bebam e se esqueçam da sua pobreza. Provérbios 31:7
Leia:
Provérbios 31:6-7

Quando líderes se deixam dominar pelo pecado, quem sofre é o pobre e oprimido. A passagem de hoje fala sobre aliviar o sofrimento através de bebidas fortes. Naquele tempo, a administração da dor não era a ciência que é hoje. O sofrimento intenso podia ser aliviado com o uso medicinal do álcool, especialmente para alguém que estivesse morrendo.
A Bíblia não diz que devemos aliviar o sofrimento das pessoas que vivem na pobreza dando-lhes álcool para se embebedarem. Ao contrário, diz que se ignorarmos essas pessoas, estaremos agindo como se não houvesse esperança para elas, como se pudessem ser drogadas e deixadas para morrer.
Cuidar dos pobres não significa que devemos simplesmente criar mais programas assistenciais. Estes ajudam, mas podem, também, ser uma forma de manter as pessoas na pobreza. O governo precisa se esforçar muito para assegurar oportunidades iguais e a igreja precisa se esforçar em ajudar e nutrir as pessoas na fé.
Para isto acontecer, precisamos de líderes — de fato, todos cristãos — que saibam preservar suas vidas do mal. Precisamos parar de pensar no que nós queremos e começar a pensar no que os outros precisam.
Pense:O governo deve assegurar oportunidades iguais e a igreja deve ajudar e nutrir as pessoas na fé.

Ore:Senhor, perdoa-nos por ignorarmos as pessoas, ao ponto de suas vidas parecerem não valer a pena. Queremos estender a mão para lhes oferecer a esperança que há em ti. Amém.

sexta-feira, novembro 24, 2006

O PERDÃO DIVINO

A mensagem do perdão é uma das mais lindas a atraentes na Palavra de Deus. No livro do profeta Isaías, 1:18, lemos: “Vinde e arrazoemos, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como escarlata eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã”.

O perdão divino vai muito além do que simplesmente declarar alguém inocente. O perdão de Deus não só remove a condenação, como oferece poder para que o pecador não continue na prática do pecado. O perdão tem que ver com a transformação do interior. O perdão não é somente necessário para eliminar a culpa por estarmos manchados pelo carmesim ou pela escarlata. O perdão de Deus vai além. Ele transforma isso à semelhança da cor da neve ou da lã, simbolizando pureza.
Na triste experiência de Davi, rei de Israel, ao cometer uma sucessão de pecados iniciado no adultério com Bate Seba, foi ele despertado pelo profeta Natã. Reconhecendo seu pecado, o inspirado rei escreveu o Salmo 51. Aí encontramos três pedidos específicos que nos ajudam a entender a extensão dos efeitos do perdão de Deus em nossa vida.
Nos versos um e dois Davi pede a Deus respeitosamente perdão e purificação. Interessante esse pedido. Na primeira carta de João, capítulo um, versículo nove nós lemos que Deus é fiel para nos perdoar e nos purificar. No evangelho de João, 19:34, lemos que “um dos soldados feriu a Jesus no lado com uma lança, e logo saiu sangue e água”.O sangue é o símbolo do perdão e a água o símbolo da purificação. Com a morte de Cristo, não só é perdoado todo pecado, mas também é purificado aquele que o praticou. Davi rogava a Deus por perdão e purificação. E o terceiro pedido do rei que encontramos nessa oração do Salmo 51 está no verso 10: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito reto”. Davi pedia transformação interior.
Amigo ouvinte, o perdão isenta de condenação. Jesus já pagou o preço e sofreu a sentença! A purificação limpa a sujeita deixada naqueles que se envolvem com o pecado. E a transformação interior, como resultado da atuação do Espírito Santo na vida humana, capacita o indivíduo a viver segundo a vontade de Deus reclamada nas Escrituras.
Alguns julgam que para reclamar a bênção do perdão deve primeiro demonstrar que estão reformados. Mas isto não é assim! Jesus aprecia que nos acheguemos a Ele assim como somos, pecadores e desamparados. Podemos ir a Ele com todas as nossas fraquezas, leviandades e pecaminosidade. É Seu prazer nos receber em Seus braços de amor, perdoar nossos pecados e nos purificar de toda a impureza.
Aqui é onde milhares erram – não crêem que Jesus lhes perdoa. Mas devemos saber que é privilégio de todos os que quiserem, pois, perdão é oferecido amplamente para todo pecador.
Amigo ouvinte, as promessas de Deus são para você que me ouve e para eu também. Elas são para todo transgressor arrependido. Força e graça foram providas por meio de Cristo, sendo levadas para todo aquele que crê. Ninguém é tão pecaminoso que não possa encontrar força, pureza e justiça em Jesus.
Deus não trata conosco da mesma maneira que os homens finitos tratam uns aos outros. Os pensamentos do Pai Celestial são de misericórdia, amor e terna compaixão. Em Isaías 55:7, temos o convite: “Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem mau os seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o vosso Deus, porque grandioso é em perdoar”.Que promessa maravilhosa! Deus é grandioso em perdoar!
Satanás está pronto para tirar de nós toda centelha de esperança e todo raio de luz. Mas não devemos consentir com as insinuações do inimigo do bem. Não devemos dar ouvidos ao tentador e sim lembrarmos que Jesus morreu para que pudéssemos viver. Deus desfaz nossas transgressões como a névoa os pecados, como a neblina (Isaías 44:22).
Sim, temos um Pai compassivo que está ansioso para nos perdoar. A parábola do filho pródigo, registrada em Lucas, capítulo 15 confirma essa verdade. Mesmo possuindo riquezas e conforto, o filho mais jovem pediu ao pai sua parte da herança e saiu em busca de prazeres numa terra distante.
Tendo gastado toda a sua fortuna foi abandonado pelos próprios amigos na mais completa miséria. E enquanto cuidava de porcos se alimentava da comida deles e lembrava de quantos empregados na casa do pai estavam em melhores condições. Então decidiu o que haveria de dizer ao pai e tendo se levando partiu em direção à casa paterna.
No verso 20 está a atitude do pai para com o filho pródigo. “E quando ainda estava longe, seu pai o viu, e movido de íntima compaixão, correndo lançou-lhe ao pescoço e o beijou”. É assim que Deus promete tratar a todos nós que nos extraviamos nos caminhos do pecado.
Em Jeremias 31:3 temos outra declaração maravilhosa: “Com amor eterno te amei, com bondade te atrai”.Amigo leitor, cada desejo de voltar para Deus não é senão a atuação do Espírito Santo, atraindo o perdido para o amante coração paterno.
O filho pródigo caiu aos pés do pai e reconheceu ser indigno de ser tratado como filho. Pede para ser recebido como empregado. Mas o pai não só perdoa, purifica e também ordena que a condição do filho seja transformada. Vestes, anel e uma grande festa marcam o retorno ao lar. E é assim que Deus quer fazer conosco. Ao aceitarmos Seu convite e nos aproximarmos DELE como somos e estamos, o infinito amor do Pai nos oferece o perdão, purifica e nos transforma.
Além de ser nosso advogado (I João 2:1) Jesus também promete jamais se lembrar de nossos pecados (Salmo 103:12). Não esqueça disso. Deus quer jogar todo o teu pecado nas profundezas do mar (Miquéias 7:19) e oferecer uma vida renovada pelo Seu amor e pelo Seu poder. É só querer. É só aceitar agora.

quinta-feira, novembro 23, 2006

PORQUE TANTAS RELIGIÕES ?


Por que existem tantas religiões? Como podemos encontrar a religião certa? Alguém já pensou procurá-la nas páginas amarelas da lista telefônica? Recorremos à lista para muitas coisas, mas essa reposta não encontramos lá. Nosso objetivo é a verdade. A verdade não está à venda. Em certas páginas amarelas podemos encontrar colunas e colunas de igrejas, mas como alguém poderá escolher acertadamente em meio a tantas opções?
Você teria coragem de fechar os olhos e correr o dedo por uma página e escolher por acaso aquela igreja onde seu dedo parasse? Certamente, ficaria confuso, porque a questão parece ir muito além das páginas amarelas. Estamos vivendo em uma época de mudanças radicais. As igrejas, por sua vez, na tentativa de mostrar interesse pelo povo, envolvem-se com a ação social, a política, a guerra e a pobreza. Enquanto isso, o Evangelho de Cristo tem sido colocado de lado.
O que tem ocorrido nos últimos tempos é uma deterioração dos valores morais. Cercados pelas dúvidas, há os que pensam em se desligar das igrejas, por considerá-las desnecessárias. E quanto aos caminhos diferentes, inovadores, será que são guias seguros na procura da verdade? Por causa disso tudo, muitas ovelhas desgarradas (como define o Evangelho) estão voltando ao rebanho. E muitas ainda permanecem em dúvida. Você pode ser uma dessas pessoas. A dúvida pode estar atravessada em seu caminho.
Se seu desejo é exclusivamente encontrar a verdade sem subterfúgios, você não irá à procura de uma igreja pela altura de suas torres, pela riqueza de seus altares ou pela elegância de seus adeptos. Existem milhões e milhões de pessoas que se proclamam cristãs. Ela acreditam no cristianismo, opondo-se ao hinduísmo, budismo, islamismo ou judaísmo. Mas, além do vago rótulo de cristãs, não há mais semelhanças.
Cristãos e igrejas cristã parecem ir à procura de todo o tipo de variedades. Você está procurando uma organizacão grande, com muitos milhões de adeptos, ou um pequeno e discreto grupo? Uma igreja antiga ou uma igreja nova? Alguns escolhem uma igreja apenas porque ela está ali na esquina. Outros consideram a amizade muito importante. Há os que são atraídos pela música de um grande órgão ou pelo canto de um coral, ou procuram um pastor simpático e carismático. Poucos, muitos poucos, dão qualquer importância, ou qualquer prioridade, à verdade.
A verdade é o fator mais importante. Deus coloca a verdade à nossa frente. Vamos ver o que Ele diz através do profeta Isaías (VT) 8:20: "A Lei e ao Testamento! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva."
Sem a luz que brilha da Palavra de Deus, não chegaremos ao pleno conhecimento da verdade.
A Bíblia dá uma resposta muito clara e compreensível: "E viu-se um grande sinal do céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça. E estava grávida, e com dores de parto, e gritava com ânsias de dar à luz." Apocalipse (NT) 12:1 e 2.
A mulher, na profecia bíblica, significa Igreja. Deus usa com freqüência o símbolo de uma mulher para representar a Igreja. Uma mulher pura e bonita representa a verdadeira Igreja. E uma mulher prostituta representa uma igreja falsa. Tendo isso em mente, entenderemos a profecia. Quando algumas pessoas lêem o livro do Apocalipse, exclamam: - Que coisa horrível! O capítulo 17 fala sobre prostituta! é bom, entretanto, que você compreenda bem a linguagem bíblica e saiba que o profeta não está se referindo à impureza física. Na verdade, "a mulher vestida de púrpura e de escarlate" ( Apocalipse 17:4) representa uma igreja falsa, infiel ao Senhor. Não se esqueça de que o Novo Testamento fala também da Igreja como a noiva de Jesus. A Igreja aí é, também, simbolizada por uma mulher e Cristo é seu noivo. O caráter da mulher, no Apocalipse, simbolizava a Igreja verdadeira e a igreja falsa.
Continuando a leitura deApocalipse (NT)12:3 e 4, João descreve: "E viu-se outro sinal no céu; e eis que era um grande dragão vermelho que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre as suas cabeças sete diademas. E a sua cauda levou após si a terça parte das estrelas do céu, e lançou-as sobre a terra; e o dragão parou diante da mulher que havia de dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe tragasse o filho”.
O dragão é inquestionavelmente Satanás, o anjo caído que levou um terço dos anjos com ele na rebelião. O dragão estava diante da mulher, ou da Igreja, para devorar Seu filho tão logo Ele nascesse. Vamos recordar que Satanás, através de Herodes, o governador romano, tentou destruir a Cristo decretando que todas as crianças do sexo masculino encontradas em Belém fossem mortas. Mas Satanás não foi bem-sucedido.
Vejamos o versículo 5: "E deu à luz um filho., um varão que há de reger todas as nações, com vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono." Jesus está a salvo, ao lado do Pai. Mas Satanás não desistiu. Após fracassar na tentativa de destruir Jesus, voltou sua atenção para a mulher, a Igreja, e determinou destruir Seu povo. Isso é o que está retratado com clareza nas Escrituras.
O versículo 6 esclarece que "a mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus, para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias." A Igreja, atacada por Satanás, passou momentos terríveis. O período de perseguição durou 1260 dias proféticos, cada dia simbolizando um ano literal. A Igreja fugiu para o deserto porque ela precisava de segurança contra a incansável perseguição, que começou logo depois da morte dos apóstolos e iria aumentar no domínio de Justiniano I, no ano 527 da nossa era.
Justiniano oprimiu a verdadeira Igreja - a primitiva - retirando toda a proteção dos que chamava de dissidentes. Os cristãos passaram a ser perseguidos pelo simples crime de permanecerem leais à Palavra de Deus. Essa opressão atingiu sua incontrolável fúria no ano 538. Esse número somado a 1260 nos leva a 1798. Após quase 13 séculos no deserto, Deus impediu que Sua Igreja fosse extinta. Agora observe o que diz o versículo 14: "E foram dadas à mulher duas asas de grande águia, para que voasse para o deserto, ao seu lugar, onde é sustentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo representam o mesmo período de 1260 anos”.
De acordo com o versículo 16, "a terra ajudou a mulher".
Nas montanhas, nos lugares mais afastados, a mulher (a Igreja) se protegeu contra os ataques de Satanás e assim sobreviveu. Logo em seguida, a vemos vitoriosa. E ela permanece assim até o final dos tempos. E chegamos ao versículo 17 do capítulo 12: "E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao resto da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo."
Vamos relembrar o que estudamos até aqui. São João, o revelador, viu uma bonita mulher representando a Igreja verdadeira de Jesus Cristo, em pé nos céus. Estava grávida, esperando um filho. Uma coroa de 12 estrelas adornava-lhe a cabeça. A Igreja, como se vê, com a coroação de glória dos 12 apóstolos, encontra-se sobre a lua, que não tem luz própria e apenas brilha com luz emprestada. Esse foi o princípio da era cristã. A lua simboliza as sombras e cerimônias do Velho Testamento, que passaram para sempre com o sacrifício de Cristo.
A mulher vestida com o fulgor do sol, ou seja, com o brilho do Evangelho, projetou-se para o futuro. Seu filho foi perseguido pelo dragão, e permanece finalmente a salvo no Céu. A Igreja tornou-se o alvo da perseguição por 1260 anos. Apesar de toda esta fúria destrutiva, ela está viva em nossos dias, consolidada na fé de Jesus e nos mandamentos de Deus.
Durante nosso estudo, quando utilizamos a palavra igreja, não pensamos em nenhuma denominação religiosa. No Novo Testamento, o termo Igreja significa a sociedade religiosa fundada por Jesus Cristo. Seus adeptos são, portanto, os escolhidos de Deus. é muito confortante saber disso, você não acha?
E quanto à predição? Ela se cumpriu? Perfeitamente. Uma tremenda avalanche de perseguição foi desencadeada contra os seguidores de Cristo. Começou com Nero, mais ou menos na época do martírio de Paulo. Os cristãos foram falsamente acusados dos mais hediondos crimes, inclusive de calamidades naturais e terremotos. Muitos foram atirados às feras ou levados às fogueiras, sendo alguns até crucificados.
Mas não ficou só nisso. A perseguição continuou. Entretanto, os cristãos permaneceram firmes. Os que deram a vida à causa de Cristo foram substituídos por outros igualmente leais. Satanás viu que não poderia destruir a Igreja pela violência e resolveu tramar outros métodos: agir em silêncio e trabalhar dentro da Igreja. Como lobo vestido com pele de cordeiro, sua tática colocou a Igreja em tremendo perigo. A concessão tornou-se uma arma mais eficiente do que a morte.
A Igreja, com a pretensão de ser popular, cortejou o mundo. Pagãos em grande número trouxeram seus ídolos, superstições e cerimônias. A popular Igreja visível estava agora corrompida. Não podia mais ser representada pela mulher bonita e pura de que nos fala Apocalipse 12. O pequeno núcleo de cristãos que se mantivera firme, seguindo a Cristo e aos apóstolos, jamais poderia aceitar a heresia e a corrupção. Só lhe restava uma opção: esconder-se, fugir para o deserto, como estava perdido.
Durante toda a Idade Média, por quase 13 séculos, a Igreja teve que permanecer com seu pequeno núcleo de fiéis escondido. Somente Deus sabe quantos foram martirizados naqueles anos terríveis. A perseguição já não vinha de fora. Eram cristãos perseguindo outros cristãos. Foram praticadas as maiores atrocidades em nome da religião. Parece que não existe algo tão terrível como o terror praticado em nome de Deus. Mas através de toda a Idade Média a luz da fé e da esperança jamais se apagou.
As ameaças, os riscos e a própria morte não foram suficientes para apagar a chama viva da verdade conforme a experiência vivida pelos valdenses, em 1655. Eles estavam reunidos na "Chiesa de la Tanna", a Igreja da Terra, onde por muitos anos cantaram, oraram e compartilharam seu testemunho destemido. Um dia, porém, 250 deles foram surpreendidos naquela caverna. Os soldados fizeram uma fogueira na única entrada existente. Enquanto o oxigênio era consumido, eles cantavam louvores a Deus até terminar o fôlego, até a hora da morte. John Milton, o poeta cego, autor do célebre poema "Paraíso Perdido", impressionado com o martírio sofrido por esses heróis, escreveu: "Vingai, ó Senhor, Teus santos trucidados, cujos ossos jazem espalhados pela fria montanha alpina, aqueles que mantiveram Tua verdade pura, quando nossos pais adoravam pilares e pedras.
Mas a tocha da verdade nunca foi totalmente extinta e, em 1798, chegou ao fim o período dos 1260 anos. Na maior parte da Europa, a perseguição havia cessado 25 anos antes. Jesus havia dito que, "se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria." O Movimento de Reforma havia cumprido seu papel. Os tradutores da Bíblia tinham concluído seu trabalho. As impressoras estavam publicando as Escrituras para serem espalhadas pelo mundo e se tornar disponível para todos.
A Igreja primitiva, a verdadeira igreja, a mulher de que nos fala Apocalipse 12, nasceu no início da era cristã e representa a fé inabalável de Jesus Cristo em toda a sua pureza. Ela prossegue através dos séculos.
é como se ela tivesse entrado no túnel par atravessar os séculos. Procurou esconder-se. Desapareceu durante um período de 1260 anos, tal como previa o apocalipse, e saiu do túnel em 1798, com os estigmas e as marcas de seu longo sofrimento, mas como guardiã da verdade, ainda resplandecendo a pureza da fé recebida de Jesus e dos apóstolos.
Você já imaginou quanta confusão causaria se desse túnel não saísse uma única e verdadeira Igreja, mas 212 ramificações da fé cristã, com diferentes denominações, credos e ismos, uma contra a outra na maioria das vezes? Certamente você diria, com justa razão, que alguma coisa aconteceu no túnel do deserto. Mas as verdades de Deus, fielmente seguidas, apesar de toda a perseguição, devem ter voltado também do deserto.
Não há dúvida de que a Igreja verdadeira sobreviveu em seu longo afastamento. Mas como podemos saber qual a verdadeira Igreja hoje, em meio a tantas denominações?
Como iremos distinguir a verdadeira da falsa? Acreditamos que devemos avaliar a Igreja como Deus o faz. Ele mede uma Igreja por sua reação à verdade. E Ele nos mede do mesmo modo. Ninguém pode dizer que sua Igreja é a única que será salva no final, porque Deus salva as pessoas, individualmente, e não as Igrejas. Portanto, meça a sua Igreja pelo que ela ensina como verdade.
Voltando a Apocalipse 12:17, Satanás ficou bravo com a Igreja e foi fazer guerra ao resto de sua semente, ao resto da Igreja nos últimos dias, aos que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus Cristo. Como se vê, com clareza, Satanás foi fazer guerra contra o resto da Igreja, não com a Igreja primitiva, nem da Idade Média, mas com a Igreja do tempo do fim, o resto de sua semente, os que guardam os Mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus.
Como a Igreja no final dos tempos manterá a verdade? A Igreja manterá a verdade guardando os mandamentos de Deus, inclusive o sábado, e mantendo o testemunho da fé. é preciso não esquecer que as marcas distintas da verdade saíram imaculadas do túnel do deserto e aguardam a volta de Jesus. Deus preocupa-se tanto com Seu povo que o último livro da Bíblia - o Apocalipse - traça claramente Sua verdade desde o início da Igreja cristã, nos dias de Cristo, até os nossos dias, e nos dá certeza de que não pode haver confusão nem mal-entendidos em nossa busca da verdade.
Se amarmos verdadeiramente Jesus, devemos nos lembrar que Sua promessa é enviar o Seu Santo Espírito para iluminar o caminho da verdade. Basta escolhermos se conduzidos por Ele, basta sermos sensíveis so som de Sua voz dizendo: "Segue-Me."

quarta-feira, novembro 22, 2006

A ORAÇÃO PARA ISABELA FERNANDES DE MORAIS





Olá minha filha.
Por enquanto você não sabe ler, mas, espero que, se Deus quiser, você poderá ler esta carta um dia. Hoje a sua idade é de seis meses (22/11/2006) de vida. Mas, decidi começar a escrever a minha oração por você em forma de conselhos. Esta será a minha primeira, mas não a última prece escrita, intercedendo pela sua vida. Eu te amo muito, e tudo o que o Senhor me deu, quero deixar para que você seja uma pessoa produtiva em nossa família, no meio do povo de Deus e na sociedade. Não sei se conseguirei dizer e demonstrar pessoalmente, e se ainda, te convencerei de tudo isto que estarei escrevendo. Todavia, espero que você acredite em mim, mesmo se eu falhar.
A mamãe é muito especial para mim. Você e ela me fazem um homem muito feliz. Cada dia que se passa eu amo mais ainda a sua mãe e você. Eu não sabia se isso seria possível, porque na inexperiência se comete muitos erros, e acontecem tantos imprevistos na nossa vida. Realmente, sei que o nosso Deus é muito gracioso para conosco, muito mais do que consigamos perceber. Eu e a sua mãe somos prova desta misericórdia divina. Ela tem me suportado, e ainda positivamente me amado. Em muitas situações, Deus a tem usado para trazer firmeza e segurança ao meu coração. Tenho certeza de que tudo o que escreverei aqui, é também compartilhado no seu materno coração.
Em primeiro lugar, minha amada filha, desejo que você nunca se esqueça do seu Deus. Ele tem uma graciosa Aliança conosco. Quando eu e sua mãe nos casamos, sempre orávamos para que o Senhor nos desses filhos crentes. Sempre pedimos filhos da Aliança que temessem a amassem sinceramente ao Senhor Jesus. Durante a gravidez oramos pela sua saúde, mas sempre lembrando de consagrar a sua frágil vida nas mãos do nosso Salvador. Nunca esquecemos que embora você fosse herança do Senhor, antes de tudo desejávamos que você fosse herança para o Senhor. Quando você foi batizada (19/11/2006) na Igreja Presbiteriana de Central de Rondonópolis, pelo Rev. Jackson Lombardo Garcez, aquele momento, para nós, foi muito especial. Você estava recebendo o sinal e selo da Aliança. Publicamente, diante do povo de Deus, estávamos testemunhando a Aliança do Senhor contigo. Estou orando para que você, no tempo do Senhor, receba a Jesus como o seu Salvador pessoal, e diante da Igreja de Cristo, faça a sua pública confissão de fé, confirmando o cumprimento da promessa do Senhor Deus em sua vida. Querida filhinha, tenha sempre em mente que o nosso Deus é soberano. Ele governa cada detalhe da nossa vida. O Senhor está fazendo com que "todas as coisas cooperem para o bem daqueles que o amam, daqueles que são chamados segundo o seu propósito" (Rm 8:28; Gn 50:20). Ele soberanamente controla cada detalhe da nossa vida, até os cabelos da nossa cabeça estão contados (Mt 10:30). Quando algo doloroso, ou vergonhoso acontecer não se rebele, nem seja incrédula, não nutra amarguras em seu coração. Apegue-se a solene verdade de que o teu Deus te ama (Rm 8:31-39). Busque entender o Seu propósito em sua vida, porque todas as coisas são realizadas pelo sábio e santo desígnio de Deus. É um conforto e segurança inabalável saber que a nossa vida e a nossa família descansam nas mãos do Todo-Poderoso.
Minha pequenina filha não seja orgulhosa. Este é um pecado gravíssimo. Um cristão não pode ser arrogante, e um orgulhoso não consegue ser um cristão. "Deus resiste ao soberbo" diz a Escritura em tom intolerante! O orgulho atrai muitos adversários, e afasta os verdadeiros amigos. O orgulhoso é sempre alguém solitário, porque este pecado é instintivamente competitivo. Você terá a vida inteira para aprender porque não ser orgulhosa. Espero que aprenda da forma menos dolorosa possível. Este é um pecado sutil e ao mesmo tempo ofensivo à percepção de qualquer pessoa.
Cuidado com a língua. Não seja hipócrita, mas, saiba falar a verdade em amor. A mentira sempre é pecado, e nega a nossa filiação divina. Não seja exagerada, porque o excesso pode tornar-se mentira. Cuidado com a calúnia, ela é uma faca de dois gumes. Saiba ouvir duas vezes, e fale menos, pois até o tolo calado é considerado sábio no silêncio. Evite emprestar os teus ouvidos para pessoas que não sabem dominar a língua, e têm o coração carregado de amargura.
Não acredite em qualquer coisa. Seja zelosa com a verdade, nem dê crédito a assuntos duvidosos, ou de origem incerta. Examine e seja criteriosa, pois o nosso Deus é verdadeiro e nos ensina a amar a verdade verificando diligentemente os fatos em cada circunstância. Aprenda que crer é também pensar. Toda verdade é verdade de Deus; toda verdade se completa; nenhuma verdade se contradiz.Não se desanime com as críticas. Não seja demasiadamente sensível com a falta de amor e de sabedoria das pessoas. Não as ame menos por causa do lado feio que elas manifestam. Seja sempre misericordiosa com a fraqueza delas, e nunca perca a esperança de que podem ser transformadas pela graça de Deus. Respeite-as em sua opinião, mas tenha sempre senso crítico e discernimento para reter o que é bom, justo e verdadeiro.
Caráter não se adquire com dinheiro, nem bens, por isso, nunca meça alguém pelo que ela possuiu, mas pelas suas virtudes e dons. Não seja gananciosa, pelo contrário, seja esforçada para crescer na vida, tendo a mais sublime motivação: a glória de Deus. Nunca se esqueça que somos mordomos do Senhor e temos a responsabilidade de tudo o que somos e possuímos usarmos para o serviço do Reino de Deus. Nem mesmo nutra o amor pelo dinheiro, pois ele é a raiz de todos os males.Minha filha saiba selecionar os seus amigos. As más companhias corrompem os bons costumes (1 Co 15:33). Saiba ouvir os conselhos dos amigos. Não aceite qualquer convite, não entre em qualquer lugar, nem vá a nenhum ambiente que a sua Bíblia não puder entrar contigo; nem coma, ou beba nada que antes não possa ser agradecido a Deus com alegria e liberdade de consciência.
Nunca deixe de se alimentar com a intimidade do Senhor. A oração não é um ritual mecânico, pelo contrário, é a necessidade de se relacionar com o amado Deus. Converse com Deus sabendo que Ele sempre te aceita e ouve cada real necessidade que te aflige. Ele sabe tudo o que está em nosso coração. Mas, Ele deseja o nosso relacionamento não apenas as nossas palavras. Não podemos modificar os planos de Deus com as nossas orações, mas somos transformados quando e enquanto oramos, porque Ele manifesta o Seu sábio poder para realizar o melhor segundo a Sua soberana vontade.
Se Deus quiser, que você constitua família, então se case com um homem que tenha o temor do Senhor. O namoro, nem o casamento é uma instituição evangelística, ou seja, não se envolva primeiro esperando que ele se converta depois. Ame alguém que ama o Senhor. Não entregue o teu coração a quem não pertence à família de Deus, e não possuí o coração no Seu reino. Como esperar fidelidade de alguém que ainda é escravo do pecado? Não quero vê-la tendo que levar os seus filhos sozinhos às reuniões do povo de Deus. Não me faça sofrer com você a incerteza de que o pai dos teus filhos não compartilhará da glória futura prometida pelo nosso Senhor. A família deve ser sempre unida, especialmente para adorar Àquele que a instituiu.Procure confiar em mim, e em sua mãe. Vamos tomar cuidado para que a nossa idade, as nossas amizades, o nosso trabalho, as nossas crises e dúvidas pessoais não nos afastem uns dos outros. A sua mãe é a minha melhor amiga. Quero aumentar este meu vínculo de amizade com você. Pretendo ser o seu melhor amigo. Não importa o que você fizer, sempre te perdoarei, não pretendo desistir de você, pois, mesmo que me machuque, vou te amar! Nunca se esqueça disso.
Não me idolatre como alguém perfeito. Você descobrirá os muitos defeitos que tenho. A sua mãe é que o diga! Mas, me ame, só peço isto. Desejo ser para você um modelo de transformação. Não estou livre de errar com você. Gostaria de nunca exceder ou omitir no dar o que você precisa para ser uma pessoa melhor no reino de Deus. Se você quer me honrar ame ao nosso Deus e viva fielmente na obediência da Sua Palavra.Tenha sempre o propósito de em tudo glorificar a Deus. Uma vida que não glorifica a Deus não tem sentido, está sem rumo e vive a insensatez transitória do nada. Saiba que "nenhum de nós vive para si mesmo, nem morre para si mesmo. Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor" (Rm 14:7-8).

ESSA É A MINHA PRINCESA

terça-feira, novembro 21, 2006

CABEÇA RACHADA

Quem lê este título pode até imaginar que o conteúdo do artigo seja uma piada ou, quem sabe, mais uma descrição de cena violenta feita por algum tablóide sensacionalista. Mas, infelizmente, não é o caso de rirmos ou de comentarmos exageros jornalísticos.
A “cabeça rachada” a que me refiro é aquela que faz separação entre “aquilo em que se acredita” e “aquilo que se pratica”. É a cabeça que pensa (talvez seja melhor dizer “imagina”, visto que isso não parece ser algo bem “pensado”) que é possível acreditar em alguma coisa sem que essa crença influencie a conduta da pessoa como um todo. Quem sofre desse problema de “cabeça rachada”, por exemplo, pode acreditar que o desmatamento de nossas florestas é prejudicial ao planeta, mas não perceber que esse tipo de convicção deveria levá-lo a atitudes práticas como, digamos, separar seu lixo reciclável.
Os exemplos poderiam ser multiplicados indefinidamente, mas eu gostaria de me concentrar em apenas um: será que podemos chamar Jesus de “Nosso Senhor”, crendo que somos seus servos, sem que vivamos para servi-lo? Afinal, foi Ele mesmo quem perguntou: “Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?” (Lucas 6:46)
Dominicalmente, temos nos reunido como Igreja para adorar ao Deus Trino. Em nossas orações e canções, constantemente nos referimos a Ele como “Nosso Senhor”. Mas será que percebemos as implicações disso, ou dividimos a vida em duas esferas distintas (o que eu creio versus o que eu vivo) por conta da tal “cabeça rachada”?
Quem quiser ter uma vida (ou “cabeça”) íntegra, não compartimentada, deve se lembrar de que é incoerente considerar-se submisso ao senhorio de Cristo, mas não fazer o que ele manda. E sua ordem é muito clara: devemos seguir seu exemplo de serviço aos irmãos. “Vós me chamais o Mestre e o Senhor e dizeis bem; porque eu o sou. Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também”. (João 13. 13 – 15)
Você, que chama Jesus de “Senhor” e se considera um servo d’Ele, tem feito o que ele manda? Tem servido aos seus irmãos para a edificação do corpo de Cristo? Ou você acredita que pode ser um servo d’Ele sem obedecer às Suas ordens? Será que você não está se parecendo com o folclórico “sambalelê”, que está doente, com a cabeça “quebrada”?

SONS DO DESERTO


Uma voz clama: "No deserto preparem o caminho para o SENHOR; façam no deserto um caminho reto para o nosso Deus." Isaías 40:3
Leia:
Isaías 40:1-11

É a primeira vez que Dã vai junto com seu pai apascentar as ovelhas. Tudo é novo, tudo é estranho. Dormir no chão, olhando as estrelas, longas caminhadas até um riacho, parar para dar de beber às ovelhas, fazer cabanas. Comer pão com manteiga e leite à sombra de uma grande pedra. Sentar-se em volta da fogueira, ouvir as histórias dos pastores e os sons estranhos que o deserto produz.
O velho Abner está sempre atento aos passos ainda hesitantes do seu filho. Dã é certamente sua mais preciosa ovelhinha. O pai sabe que precisa acompanhar de perto seu filho nesta primeira grande caminhada.
— Pai, seria bem mais fácil se a gente pu-desse tirar aquela montanha da frente, não é?
— Grande idéia, meu filho. Mas daria um trabalhão, não é mesmo? Você sabia que é isso mesmo o que Deus vai fazer um dia?
— Como assim?
— Um dia Deus vai nos levar, pelo meio deste deserto, à terra sagrada de nossos ancestrais. Há muitos anos fomos trazidos para viver aqui, na Babilônia, mas um dia o SENHOR vai nos guiar e vai aplanar as montanhas e aterrar os buracos profundos. Está ouvindo, Dã?
— O quê, pai?
— Um som que vem do deserto, uma voz que diz assim: "Aqui está o teu Deus!".
Pense:O Messias nos dará a fé para remover montanhas, ou a força para atravessá-las.

Ore:Abre caminho, SENHOR, entre as montanhas e desertos. Abre nossos ouvidos para ouvirmos a tua voz no meio deste lugar. Dá-nos esperança de uma restauração completa e final. Em nome de Jesus. Amém.

sexta-feira, novembro 17, 2006

JESUS PARA TODOS

Ser cristão verdadeiro num mundo "que jaz no maligno" é participar da batalha real, entre a luz e as trevas. É uma batalha diferente, onde os louros da vitória não são as riquezas, o poder, o status ou prazer mundano.
Os louros são as pedras mais preciosas do universo: as almas redimidas. O preço da batalha não se calcula em dólares, ouro ou prata, mas nas gotas de sangue do Getsemani, da Via Dolorosa, do Calvário, daquele que, movido pelo amor e compaixão, deixou o lar celestial para morar entre nós e morrer por nós. Já foi pago o preço. Muitos, ao longo da história, têm tombado nesta batalha. Muitos resistiram até o sangue e sucumbiram.
A história deles vem desde os tempos antigos até nossos dias e está registrada em Hebreus 11.33 a 40.
A mídia nada registra sobre o assunto, mas livros e revistas evangélicos nos dão conta do que ocorre nesta área. A perseguição é tremenda em muitos países. Muitos são presos, torturados, queimados com suas casas e templos. Mas não renunciam a sua fé. Morrem, mas o bastão é passado adiante.
Como Deus tem abençoado nosso país, nosso Brasil! Apesar de muita perseguição, o Evangelho tem sido pregado com liberdade em toda nossa Pátria. A liberdade religiosa é garantida.As portas estão abertas, a seara está branca, mas faltam ceifeiros. O Brasil pode ser o celeiro missionário não somente para si mesmo, mas também para todo o mundo. O grito de socorro dos aflitos vem de todo lugar.
Neste mês de missões o tema é: MISSÕES, JESUS PARA TODOS. Para que isso possa se tornar uma realidade é necessário que estejamos dispostos a dar uma resposta a DEUS que demonstre nossa gratidão por sermos escolhidos entre bilhões para sermos pedras vivas do Templo de Deus (1 Pedro 2.5).
Que o Espírito Santo convença a todos nós desta realidade e que possamos ser como nossos irmãos da Macedônia que, pelo testemunho de Paulo, " segundo as suas posses e ainda acima de suas posses deram voluntariamente, pedindo-nos, encarecidamente o privilégio de participarem deste serviço" (2 Coríntios 8.1-5).Que Deus nos ilumine.

VERDADES PARA UM MUNDO ASSUSTADO


Quase todo mundo está com medo. Medo de virar a última página da história e ler em grandes letras: fim. Medo de que as previsões dos cientistas, religiosos e ecologistas se concretizem de uma vez. Medo de ver o nosso planeta transformado em cinzas e condenado a girar para sempre pelo espaço a fora!
Por todos esses temores, faz sentido perder as esperanças? é razoável concluir que Deus não há nada além daquilo que podemos ver e tocar?
Jesus sabia que a nossa geração seria marcada pelo medo. Ele disse: "Homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobreviverão ao mundo. Porquanto as virtudes do céu serão abaladas. E então verão vir o Filho do homem numa nuvem, com poder e grande glória." São Lucas (NT) 21:26 e 27.
Os homens estão temerosos diante do que está acontecendo e na expectativa do que vai acontecer. Nunca uma geração esteve tão irrequieta, tão sobressaltada quanto a nossa. Homens e mulheres estão pulando de teoria, de especulação, de culto para culto. Estão tentando encontrar algum sentido para a vida, alguma razão para a existência, alguma esperança.
Mas temos que viver de um lado para o outro como rolhas num mar de incerteza e medo? Não, não temos, pois no meio de todo esse desespero existe um livro muito diferente. é a Bíblia! Há certeza em cada uma de suas páginas e é um livro cheio de esperança! A Bíblia está cheia de esperança porque oferece uma saída para o nosso dilema. Está cheia de esperança por causa do Salvador que ela revela. Está cheia de esperança porque a cruz do Calvário está no centro de tudo!
A Bíblia é um livro que tem transformado inimigos em amigos; tem transformado assassinos em seguidores de Cristo e homens fracos e vacilantes em defensores destemidos da cruz. Este é o livro que estaremos estudando juntos.
Alguém pode dizer: "Não consigo entender a Bíblia. Com os Evangelhos não tenho dificuldade, mas não compreendo muita coisa além disso." Outros acham o Velho Testamento cansativo. E o que dizer do livro de Apocalipse, com todos os seus símbolos? O que devemos fazer? Como devemos estudar a Bíblia?
Todos podemos ler a Bíblia do começo ao fim. Podemos saber por nós mesmos o que existe lá. Também é muito gratificante estudá-la por livros ou capítulos separados. Entretanto, se quisermos descobrir o que a Bíblia ensina sobre um determinado assunto, existe um modo mais direto e Jesus o demonstrou no dia da Sua ressurreição.
Era tarde de domingo. Ele andava com dois de Seus seguidores pelo caminho de Emaús. Eles não sabiam quem era Aquele estranho e não podiam imaginar que fosse Jesus. Partilhavam com Ele do Seu desapontamento dizendo que qualquer outro homem. Eles achavam que tinham cometido um engano. E o que Jesus fez?
São Lucas (NT) 24:27 diz: "E começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dEle se achava em todas as Escrituras." Jesus queria que eles vissem que Ele era quem afirmava ser. Queria que eles vissem que Ele viera para morrer. Por isto Ele veio: para morrer em nosso lugar. Esse foi o assunto naquela estrada. E como Ele o desenvolveu? Reuniu o que Moisés, os profetas e todos os escritores da Bíblia tinham dito sobre Ele. Esse era Seu método de estudar a Bíblia. Esse método de estudar a Bíblia era novidade? Não. Encontramos o mesmo método descrito no livro de Isaías(VT), o profeta, no
capítulo 28:9 e 10: "A quem pois se ensinaria a ciência? E a quem se daria a entender o que se ouviu? ao desmamado, e ao mandamento, mandamento sobre mandamento; regra sobre regra, regra sobre regra; um pouco aqui, um pouco ali."
Quem entenderá a mensagem? A quem Deus dará o conhecimento da Sua palavra e da Sua vontade? Temos sentido muitas vezes que somente os líderes religiosos e os rabinos, os ministros e doutores de teologia poderiam entender a mensagem e nós deixamos essa tarefa para eles. Porém, por mais entendidos que eles possam ser, é indispensável que pesquisemos a Bíblia por nós mesmos. Há tanta coisa em jogo que não podemos deixar apenas para os profissionais.
O que a Bíblia sugere é que existe um método simples, direto e seguro de estudá-la. Sim, o modo seguro de estudar a Bíblia é deixá-la se explicar sozinha. A melhor maneira de entender sua mensagem é juntar tudo o que os vários escritores têm a dizer sobre um determinado assunto, preceito por preceito, linha por linha, um pouco aqui e um pouco ali.
O que é um preceito? Um preceito é uma declaração da verdade, uma ordem ou uma orientação para o nosso entendimento e comportamento. Assim, se um texto não traz um idéia muito clara, outras passagens o explicam. Podemos não entender uma declaração feita por Paulo, mas unida ao que Pedro e Tiago dizem, o assunto se esclarece. Pode haver uma passagem que jamais entenderemos se a lermos sozinha, isolada; mas se a juntarmos a outras passagens sobre o mesmo assunto, se tornará clara.
Suponhamos que você esteja junto a um católico romano sincero, a um bom amigo metodista e a um batista fiel. O católico entende a passagem de modo diferente do metodista, que por sua vez a entende diferente do batista. Agora qual da três pessoas está certa? Qual delas está vendo a verdade sobre esse texto?
Pense a respeito. O batista é fiel? O amigo metodista é fiel? O católico é fiel? O que você diria? Todos os três estão lendo a mesma mensagem, mas cada um de sua própria perspectiva, de seu próprio passado, de seu próprio doutrinamento; por isso cada um vê essa passagem de modo diferente. Portanto, o método que Jesus usou, proposto na própria Bíblia, na passagem que lemos há alguns instantes, resolve esse dilema.
Deus jamais quis que a verdade bíblica fosse descoberta pelo estudo de uma única passagem isolada de seu contexto. E jamais quis que estudássemos a Bíblia baseados apenas em nossa vivência denominacional. Em vez disso, devemos checar nossas crenças e descobrir o ensinamento claro das Escrituras ajuntando o que os seus vários escritores dizem a respeito de um determinado assunto.
Quanto mais passagens colocamos alinhadas sobre um único assunto, mais segura é a interpretação. Existem passagens que, vistas isoladamente, simplesmente não são claras. Não sabemos o que querem dizer. Existem pessoas que argumentam a respeito delas, especulam e a tendência é tentar fazê-las dizer o que querem que digam. Assim, é fácil errar. Mas, se usarmos o método que Jesus usou, estaremos seguros.
Alguns, por muito tempo, têm tentado entender a Bíblia por si mesmos. Entretanto, não têm sabido como proceder. Você sente que precisa de ajuda, precisa de um professor em quem possa confiar? Quem seria um professor imparcial? Existem tantas igrejas, tantas crenças, tantas vozes, todos afirmando estar certos, mas com tantas diferenças, tantas contradições. Então você se retrai e pensa: "Se eu estudar a Bíblia com um de meus amigos católicos, provavelmente me tornarei católico, mas se seu estudar com um amigo presbiteriano, as evidências apresentadas provavelmente me parecerão igualmente convincentes. E se o meu professor for testemunha de Jeová ou um mórmon? Eles também são convincentes. Eu sou um vítima da dúvida. Qual é o orientador que devo escolher? Posso ser malconduzido, apesar da minha sinceridade em querer achar a verdade? "
é simples entender como você se sente. Há uma passagem que irá deixá-lo tranqüilo. é uma promessa de Jesus Cristo e está em São João (NT) 7:17: "Se alguém quiser fazer a vontade dEle, pela mesma doutrina conhecerá se ela é de Deus, ou se eu falo de Mim mesmo.
Aí está um linda promessa! Se você quiser saber a vontade dEle e se estiver disposto a cumprir essa vontade, você não será malconduzido. você reconhecerá a verdade ou perceberá o erro. Isso não lhe traz confiança? Você pode testar tudo o que ouvir, tudo o que vir e tudo o que ler. Você pode testar tudo por esse método e, se fizer isso, não terá como errar.
Existem muitas coisas emocionantes pela frente, e isso não é nenhum exagero, porque a verdade para o final dos tempos é realmente empolgante. A segunda carta de São Pedro (NT) 1:12 diz: "Pelo que não deixarei de exortar-vos sempre acerca destas coisas, ainda que bem as saibais, e estejais confirmados na presente verdade."
Destacamos as palavras "na presente verdade", ou seja , verdade para agora. Verdade que precisamos conhecer se quisermos estar preparados para o que vem adiante. Verdade contemporânea. Verdade para os nossos dias, dias dos mais importantes em toda a história, quando Jesus está para retornar, quando o tempo está se esgotando, quando o destino de cada homem, mulher e criança está sendo decidido.
Não existe nenhuma verdade ou mensagem especial para a mais significativa de todas as horas? Teria Deus Se esquecido de nós? Não. Deus tem uma mensagem especial e ela está na Bíblia, em Apocalipse (NT) 14:6 a 12. Comecemos com o versículo 6: "E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a Terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo."
Essa mensagem é chamada de o evangelho eterno, não alguma coisa nova ou estranha, não algo que o homem tenha inventado. é o mesmo evangelho encontrado por todo Velho e Novo Testamentos, mas é dado com um novo senso de urgência para esta época em particular. é a presente verdade, verdade contemporânea para a era precária em que vivemos: e refere-se a questões de vida ou morte. Essa mensagem é tão importante, tão urgente, que deve ir, e irá, e está indo, para todas as nações, línguas e povos ao redor do mundo.
O versículo 7 diz: "Dizendo com grande voz: temei a Deus e dai-lhe glória; porque vinda é a hora do Seu juízo. E adorai Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas."
Que mensagem é essa que vai com grande voz por todo o mundo? Tema a Deus, não tenha pavor dEle, mas O reverencie. Honre, adore, coloque a Deus em primeiro lugar e então, dê glória a Ele. Não a nós mesmos, não às nossas realizações, não à tecnologia, mas dê glória a Deus. E por que essa mensagem é tão urgente? Porque resta pouco tempo e chegou a hora do julgamento de Deus.
Agora os registros de homens e mulheres estão sendo revisados e seu destino decidido. Estamos no final dos tempos, não resta muita coisa mais. O que Deus nos pede para fazer neste final dos tempos? Adorar o Criador, Aquele que fez o Céu e a Terra. Esta geração está fazendo isso? Os estudantes nos grandes centros de aprendizagem estão sendo ensinados a adorar a Deus como Criador? Não. Eles estão sendo ensinados a reverenciar as longas teses do acaso e das transformações. Mas no passado, quando o Senhor Jesus mandou Seu anjo ao profeta João e deu a ele as Revelações do Apocalipse, Deus sabia o que era necessário hoje. Ele sabia que esta geração iria negar Seu ato criativo e Ele os chama de volta para adorarem o Criador do nosso mundo. Pode alguma coisa ser mais apropriada?
No versículo 8 encontramos a mensagem do segundo anjo. "Caiu Babilônia", o símbolo de todo culto falso. Tornou-se irremediavelmente corrupta. A seguir, a mensagem do terceiro anjo, que é encontrada nos versículos 9 a 11, é uma advertência solene contra a falsa adoração. é uma das advertências mais sérias encontradas em todas as Escrituras.
Essas mensagens, simbolizadas por três anjos voando pelo meio do céu, são o último chamado de Deus à raça humana. Mas quem dará essas mensagens? A que tipo de pessoa Deus confiará mensagens tão importantes, tão vitais. Encontramos uma boa pista no versículo 12: "Aqui está a paciência dos santos: aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus." Os mandamentos de Deus e a fé de Jesus, evidentemente, pertencem um ao outro.
Pode parecer coincidência, mas em Apocalipse (NT) 12:17 encontramos quase a mesma coisa. é sem dúvida alguma um sinal de identificação, mas como saberemos se esse é um povo dos últimos dias e que as mensagens dos três anjos são mensagens do final dos tempos?
O primeiro dos três anjos anuncia que a hora do juízo de Deus é chegada. Desde que Jesus disse que o juízo viria no final dos tempos, isso faz dela uma mensagem do final dos tempos. E sabemos também porque as mensagens simbolizadas pelos três anjos se seguem quase imediatamente, nos versículos 14 a 16 por uma descrição do Senhor Jesus descendo dos céus para colher a seara da terra.
Começando com o versículo 14, lemos: "E olhei, e eis uma nuvem branca, e assentado sobre a nuvem um semelhante ao Filho do homem, que tinha sobre a Sua cabeça uma coroa de ouro, e na Sua mão uma foice aguda. E o outro anjo saiu do templo, clamando com grande voz ao que estava assentado sobre a nuvem: Lança a Tua foice, e sega; é já vinda a hora de segar, porque já a seara da terra está madura."
Jesus disse que a seara é o fim do mundo e os ceifeiros são os anjos. A segunda vinda de Cristo, logo após a mensagem do final dos tempos, é o glorioso clímax. Esta é a esperança de cada cristão. O último chamado de Deus para este planeta rebelde foi e está sendo partilhado com todos!
Esta é a hora emocionante em que vivemos, uma hora quando os sons da Sua vinda já estão bem próximos de nós, pois tudo o que acontece, cada incêndio catastrófico, cada terremoto, cada vulcão em erupção, cada inundação devastadora, cada ameaça de guerra, tudo está dizendo uma coisa: Jesus virá em breve!
A maneira como reagiremos a tudo isso depende inteiramente do nosso relacionamento com o Senhor Jesus Cristo. Se O temos rejeitado e recusado o sacrifício que Ele fez por nós no Calvário, Sua volta não será bem-vinda, mas se fizermos dEle nosso Amigo e Salvador, os sons de Sua vinda serão para nós a confirmação de que a vida eterna é uma realidade.

LEVANTA-TE

"O texto para a mensagem de hoje está em São Marcos 5:21-43. Vamos começar lendo a primeira parte desta história. "Tendo voltado no barco, para o outro lado, afluiu para ele grande multidão; e ele estava junto do mar. Eis que se chegou a ele um dos principais da sinagoga, chamado Jairo, e, vendo-o, prostrou-se a seus pés e insistentemente lhe suplicou: ...impõe as mãos sobre ela, para que seja salva, e viverá. Jesus foi com ele." Marcos 5:21 a 24
Nos versículos restantes, narra-se a história completa da ressurreição da filha de Jairo e também registra-se o milagre da cura maravilhosa que Jesus operou na mulher que tocou suas vestes com fé.
O texto de hoje fala da morte. A morte, meu querido, é uma realidade inquestionável no mundo em que vivemos. Está presente todos os dias, em todos os lugares. Mas, apesar disso, ninguém a aceita. A vida pode ser a pior das vidas mas, quando chega o momento inevitável da morte, todos se agarram à vida. Sabe por quê? O ser humano não foi criado para morrer. A morte é uma intrusa na experiência humana.
No texto de hoje achamos uma mulher que está morrendo por causa de uma hemorragia incurável. Perde sangue e com o sangue, perde vida. Achamos também um pai desesperado porque sua filhinha está morrendo. Ele é um dos principais da sinagoga, e, naturalmente, conhece bem a Bíblia e deve ter tentado tirar conforto das promessas que ela contém. Mas há momentos na vida em que você não vê luz por nenhum lado e o sofrimento às vezes é tão grande que até a Bíblia parece não dizer nada. Bom, esta é a situação daquele Pai. Ele sente que está morrendo por dentro, embora as pessoas nem percebam a dor interior deste líder espiritual.
Neste momento, deve haver, com certeza, pessoas enfrentando a morte. Não falo apenas da morte física, refiro-me também a morte moral, emocional, social e espiritual. "Todo dia sinto que estou morrendo", me escreveu uma senhora depois do seu segundo divórcio. Você entende o que ela estava tentando dizer? "Meu filho está escravizado no mundo das drogas e é como se a vida tivesse acabado para mim." - me disse um dia um pai aflito. - Você é capaz de compreender o que aquele homem angustiado estava querendo dizer?
Sabe! Vivemos num mundo maldito pelo pecado e mais cedo ou mais tarde, você terá que encarar a morte. Não somente no leito de um hospital, mas talvez na porta da fábrica onde seu nome aparece na lista dos demitidos, ou nas palavras do esposo dizendo que o amor acabou, ou na traição do melhor amigo ou na porta da universidade onde seu nome não aparece na lista dos aprovados no vestibular.
Minha pergunta é: como deveria você reagir diante da morte? Resignar-se? Essa é uma possibilidade. Aceitá-la naturalmente? Repetir pra você mesmo que enquanto você estiver neste mundo a perda será inevitável e que, finalmente, tudo acaba no cemitério? Acostumar-se?
Por que, apesar de você conhecer a Jesus e, ter a esperança da ressurreição, parece desesperar-se diante da morte de um ser querido?
Bom, olhe para a história bíblica de hoje e pense um pouco. Com quem você se identifica melhor? Com a mulher que vai perdendo a vida lentamente ou com o pai que vê a filha querida morrendo e não sabe mais o que fazer para salvá-la? Talvez você se identifique melhor com a filha que vê todos os seus sonhos de juventude se estraçalhando pela proximidade da morte. Quem sabe, com os discípulos que estão ali sem entender nada, ou com a multidão? Quem é você nessa história?
Graças a Deus que no cenário daquela história de confusão, tristeza e dor, existe outro personagem que é Jesus. Ele sempre aparece nos piores momentos do ser humano, pronto para auxiliá-lo.
Olhe neste momento para Ele. Ouça a Sua voz dizendo: "Levanta-te!" Suponho que neste momento Ele pode entrar aí em sua casa e dizer: "Levanta-te!" Sua voz é enérgica. É uma ordem cheia de vida: "Levanta-te!"
Se você é um leitor da Bíblia, já deve ter ouvido a voz suave de Jesus dizendo a Maria Madalena: "Eu não te condeno." Mas, no cenário da história de hoje, Sua voz é forte e poderosa, provocando "temor e tremor" entre os que estão ali presentes. É que a morte acha que reina poderosa entre os homens, mas Jesus a desafia. Sua voz é cheia de autoridade, é quase um grito para, inclusive, despertar você e eu das possíveis sombras do sonífero da morte.
Naquele dia, havia muita morte envolvendo as pessoas. Havia tanta morte como hoje. Seu casamento está morrendo? E sua empresa, está morrendo? Seu filho, está morrendo? E você mesmo, será que está caindo aos pedaços por dentro?
Jesus é o Deus da vida. No relato bíblico de hoje você não tem que esperar que chegue a primavera para que a vida triunfe e a morte seja derrotada. "Levanta-te!" - diz Jesus - e aí, onde você estiver, experimentará a vitória sobre a dor, a morte e o desespero.
Ao longo de minha vida tenho achado pessoas com a vida destruída. Pessoas que já tentaram todos os caminhos e nada deu resultado. Cada dia que passa, sentem que se afundam na areia movediça da vida. De repente estende-se para eles o braço poderoso de Jesus tentando ajudá-los, mas não o aceitam. Estão cheios de preconceitos e temores e não conseguem libertar-se deles para segurar a mão auxiliadora do Mestre.
Esse foi o caso do próprio Jairo. Ele era chefe da sinagoga, um homem inteligente, culto e bem preparado. Como poderia ele juntar-se com gente simples que seguia a Jesus naqueles tempos?
Quem formava aquela multidão que seguia a Jesus? Prostitutas, ladrões, leprosos, quer dizer, os desprezados da sociedade, os rejeitados, homens e mulheres sem esperança. Como Ele, o rico e poderoso Jairo poderia descer de seu pedestal para juntar-se àquele povo? Mas a vida é ingrata. E dentro de sua ingratidão e aparente incoerência, ela é também uma grande mestra. Ensina-nos com lições que, de outro modo nunca aprenderíamos. Foi assim com Jairo. Sua filhinha estava doente e a ciência médica daqueles tempos não tinha o remédio para o mal que levava para a morte aquela jovenzinha preciosa.
Aonde ir então? Cada braçada que Jairo dava para sair daquela areia movediça o afundava mais no seu mundo de temores, dúvidas e preconceitos. Alias, sempre houve pessoas que olhavam para Jesus com preconceito. "Pode algo bom sair de Nazaré?" "Não é este o filho do carpinteiro?" "Se és o filho de Deus, salva-te e salva-nos" Você vê? Mentes arrasadas pelo preconceito, precisam desesperadamente de Jesus, mas tem medo de buscá-Lo publicamente.
Jairo está agora diante da morte da querida filha. E aí, sem saber o que fazer, nem onde mais ir, lembrou-se de Jesus e correu pedindo ajuda.
Esse Jesus que ajudou Jairo está hoje perto de você, embora não consiga vê-Lo, está aí, com os braços abertos, pronto a recebê-lo, esta aí ao seu lado com sua oferta de salvação gratuita. Você não precisa pagar nada. Tudo que precisa fazer é abrir o coração.
Existe no coração humano o sentimento inconsciente de que tem que fazer algo ou pagar alguma coisa para conseguir algum benefício. Se alguém nos oferece algo de graça, imediatamente pensamos que aquilo não deve valer muita coisa ou se valer, então, alguém está tentando nos enganar.
Vivemos num mundo onde se paga por tudo. Você "tem que fazer por merecer", dizemos. Mas, o relato bíblico, de hoje nos mostra uma verdade espiritual que precisamos entender para sermos cristãos felizes. Nesta história ninguém faz nada, exceto chorar diante da morte. Ninguém paga nenhum preço. Esta não é a história acerca do que nós, seres humanos, fazemos, mas acerca do que Jesus é capaz de fazer.
Comentando esta cena, Robert Farrar diz: "Jesus vem para levantar o morto. A única condição para receber vida é estar morto. Você não precisa ser inteligente, nem bom, nem sábio, nem maravilhoso. Tudo que você precisa é estar morto."
Eu não estou falando aqui de como vive o cristão, e sim, de como o pecador se torna um cristão. Tudo que você precisa fazer é cair ajoelhado e suplicar pela graça redentora de Cristo.
Talvez, aí onde você está, o peso da culpa do passado o faça sentir-se indigno. Quem sabe, sua consciência perturbada pelos erros vividos, grite em desespero dizendo que para você já não existe perdão. Talvez as sombras da morte estejam fazendo um círculo aterrador em torno de você. Mas, ouça o grito de Jesus: "Levanta-te!" Faça como a mulher com o fluxo de sangue: Acredite. Não importa se as outras pessoas caçoam de sua fé. Não importa se as multidões impedem sua aproximação de Jesus. Transponha os obstáculos, caminhe através da multidão e chegue perto de Cristo. Toque com fé as Suas vestes e depois sinta o milagre maravilhoso que Ele é capaz de fazer.
Um dos grandes problemas que às vezes temos, é que se apodera de nós o pensamento de que milagres acontecem com os outros, nunca conosco. Mas permita-me perguntar-lhe: Quando foi a última vez que você passou a noite inteira lutando com Jesus? Lembra-se de Jacó? Era já madrugada e o sol começava a despontar, quando o anjo pediu: "Deixe-me ir, pois já amanhece o dia", e Jacó agarrou o anjo e clamou: "Não te deixarei, senão me abençoares."
Quando foi a última vez que você ajoelhou-se e disse a Deus: "Senhor, não me levantarei, se não me der aquele emprego ou, se não trouxer meu esposo de volta"? Então, como você pode afirmar que os milagres só acontecem com as outras pessoas? Por favor, não se acomode em meio do sofrimento, aprenda a depender do Pai com fé, aprenda a aproximar-se de Jesus e tocar Suas vestes.
Você nasceu para a vida. Não permita que a morte tenha domínio sobre você. Clame em seu coração, chore se quiser e logo depois, abra seu coração a Jesus enquanto os Arautos do Rei cantam o que disse o apóstolo Paulo: "Eu não sou mais eu, Cristo vive em mim".

ORAÇÃO

Oh Pai querido! Obrigado porque naquela história que conta a ressurreição da filha de Jairo, a cura da mulher com hemorragia, nós podemos encontrar a Tua maravilhosa resposta para o drama que, muitas vezes, enfrentamos nesta vida.
A cada passo estamos diante da violência, diante da morte de um ser querido, diante da morte espiritual de um filho, diante da morte de nosso casamento, de nossa empresa. Quantos sonhos destruídos, quantos planos que acabaram no lixo. Mas neste momento queremos clamar pelo milagre da ressurreição. Foste capaz de ressuscitar a filha de Jairo; não será capaz de ressuscitar-nos hoje? Não será capaz de ressuscitar nossos sonhos e planos? Responde Pai! Em nome e pelos méritos de Jesus, amém.

BEM AVENTURADOS OS PACIFICADORES!


Bem-aventurados os pacificadores!
“Cristo nos mandou amar o próximo, mas como amá-lo se o enxergo como ameaça e tenho medo de estar junto dele?”


A violência no mundo está cada vez mais insana e descontrolada. Guerra e terrorismo no Iraque. Crise e barbárie no Líbano. Um cartunista faz um desenho na Dinamarca e isso vira desculpa para matar cerca de 50 cristãos na Nigéria. Alguns jogam a culpa dessas mortes sobre a religião islâmica. Ouvi de um cristão ex-muçulmano: “O verdadeiro islamismo é violento. No Alcorão existem mais de 50 versos que encorajam a matar.” Um argumento parecido poderia ser elaborado contra a Bíblia; para tanto não faltariam versículos sangrentos como: “Babilônia, você será destruída! Feliz aquele que fizer com você o que você fez conosco –aquele que pegar suas crianças e esmagá-las contra as pedras!” (Salmo 137.8-9).
Também não faltaria embasamento histórico. Ao longo de 2 mil anos, quantos assassinatos não foram cometidos em nome da Bíblia, desde os tempos mais antigos, passando pelas cruzadas, pela Reforma, pela Inquisição até chegarmos aos dias de hoje? Na África não faltam exemplos. Cristãos ortodoxos perseguem e torturam pentecostais na Eritréia. Na Nigéria, mencionada acima, muitos cristãos respondem fogo com fogo e vingam-se assassinando muçulmanos. Creio que a causa da violência está na desigualdade brutal, na intolerância e no descaso pelo próximo. Bíblia e Alcorão são apenas válvulas de escape.
Por outro lado, há cristãos e muçulmanos buscando paz. Um exemplo é a rainha jordaniana. Assisti a um programa em que ela disse: “Essa guerra não é do islamismo contra o cristianismo, do ocidente contra o oriente. Ela é dos extremistas contra os moderados. Existem extremistas cristãos e islâmicos, e o maior medo deles é que os moderados se unam. Se quisermos vencer essa guerra, é isso que devemos fazer”.
Por um lado, é triste notar que radical e extremo viraram sinônimos de violência. Cristianismo radical deveria significar exatamente o oposto: extremo amor ao próximo. De qualquer forma, concordo com a rainha em um ponto: só venceremos essa guerra através da união de cristãos e muçulmanos que verdadeiramente buscam a paz. A desunião entre os dois grupos é o grande obstáculo a ser vencido. Na maioria dos países em que a guerra é acirrada, cada grupo vive isolado no seu próprio gueto comunitário. Muitos cristãos vêem muçulmanos como a ameaça do outro lado da cerca e vice-versa.
Propor essa união não significa que devemos abrir mão de nossa fé. Muito pelo contrário, significa que precisamos exercê-la. Afinal, Cristo nos mandou amar o próximo. Como amá-lo se o enxergo como ameaça e tenho medo de estar junto dele? Se preferimos ficar imóveis, testemunhando esse massacre, a nos unirmos com alguém de outra religião, traímos o Espírito de Cristo. Creio em Jesus como único caminho para a salvação. Creio no Reino dos Céus. Mas, se não trabalharmos para acabar com essa onda de violência, muitos homens explodirão nas ruas antes de terem a chance de alcançar o Caminho para o Reino. Considerando o presente caos no mundo, a prioridade da Igreja é uma só: paz! Que deixemos preconceitos de lado e estejamos dispostos a pagar o preço necessário para alcançá-la.

OS IRMÃOS E IRMÃS DE JESUS


"O que vocês fizerem a algum dos meus menores irmãos, a mim o fizeram". Mateus 25:40
Leia:
Mateus 25:31-40
Fomos chamados por Jesus para cuidar dos irmãos e irmãs que passam por sofrimento. Um dia, o Rei nos pedirá contas do que fizemos por eles. Que diremos? Podemos nos perguntar ao pensar nisso: "Quem são afinal esses irmãos e irmãs?" Algumas pessoas sugerem que Jesus se refere a um tribunal em que nações estão sendo julgadas pela maneira como trataram os judeus. Conforme o livro A Espada de Constantino, de James Carrol, as nações e a igreja podem ter um motivo de grande preocupação. Os judeus foram maltratados inúmeras vezes ao longo da história, desde os dias do Império Romano, passando pelas Cruzadas, até o recente Holocausto na Segunda Guerra Mundial.
Eu concordo que os judeus são irmãos e irmãs de Jesus, tanto quanto outra pessoa qualquer, e milhares deles foram oprimidos de forma horrível. Mas nessa história, Jesus não se refere somente aos judeus. Ele fala de pessoas de todas as nações, que são maltratadas e que necessitam que lhes seja demonstrado o amor de Jesus, assim como Ele o fez por nós.
Devemos cuidar de todos os irmãos e irmãs de Jesus que têm sido feridos. Como diz a Bíblia, Deus quer que todos recebam a Jesus como Salvador (Romanos 10-11).
Pense:O DNA prova que todos os seres humanos de qualquer época e lugar, são irmãos.
Ore:Sofremos, Senhor, pela forma como o povo judeu e outros povos têm sido perseguidos ao longo da história. Suplicamos-te paz para todo o teu povo na face da terra, através de tua graça salvadora. Amém